sexta-feira, 18 de maio de 2007

Precisa-se de pedestres

A cidade não aguenta mais automóveis em suas ruas congestionadas. Todos os dias, quando termina o engarrafamento da manhã começa o tarde. Se tudo correr bem, esta é a rotina. Porque se um carro parar na frente da fila ou se uma chuvinha umedecer o asfalto, tudo fica muito pior.

Isso porque em São Paulo a frota de veículos na rua só aumenta e não tem para onde expandir as vias públicas embora possam ser melhoradas. E as soluções apresentadas e implantadas até agora são paliativas ou não incompletas como o rodízio e o rodoanel respectivamente.

No meio do caos milhares de cidadãos ficam a mercê de suas emoções alteradas e estres constantes convergindo para uma convulção social que tende cada vez mais a degradar a qualidade de vida do paulistano. E sem falar da poluição sonora, visual e auditiva que esse oceano de carros parados e "estressados" geram todo dia.

O cidadão que prefere o carro diz que não há alternativa no transporte público ou tem no carro instrumento imprescindível de trabalho. Então cada vêz mais pessoas optam por se locomover de carro numa cidade que não oferece mais espaço para isso. E a indústria automobilística continua produzindo e seduzindo consumidores a entrar nesse círculo de horrores. Aiás, falar contra isso é o mesmo que ir contra a pátria no argumento que que essa indústria é responsável por x empregos que representam y milhões na economia. Será que alguém já tentou abater a conta dos problemas causados pelos automóveis nesta equação patriótica?

Por outro lado, é fato que o transporte público é precário e insuficiente mas é por aí o caminho para se reduzir o mar de carros parados nos 70 km diários de congestionamento. Não se vê solução pondo mais carros nas ruas. ( que ruas? )

Então, o cidadão paulistano precisa repensar seu transporte. Enbarcar no tênis e andar o que for possível, isso vai melhorar sua saúde. Procurar meios de melhorar o trasnporte público reivindicando melhor qualidade e maior quantidade. Deixar o carro na garagem mais vezes por semana. E, principalmente, perder a mentalidade de motorista e assumir a de pedestre, incorporando este último de maneira predominante na região metropolitana de São Paulo.

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